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Top Gun: Maverick – Um retorno triunfante aos céus, com alma e adrenalina

  • Foto do escritor: Gustavo S.
    Gustavo S.
  • 18 de jun.
  • 2 min de leitura

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Trinta e seis anos depois do original, Top Gun: Maverick chega como uma carta de amor ao cinema de ação clássico, mas também como um raro exemplo de sequência que respeita o passado enquanto voa alto com as próprias asas. Dirigido por Joseph Kosinski e estrelado novamente por Tom Cruise, o filme é tudo aquilo que os fãs esperavam — e talvez até mais.

Cruise retorna ao papel de Pete “Maverick” Mitchell, agora um experiente piloto de testes que continua desafiando limites e resistindo à ideia de se aposentar. Convocado de volta à Top Gun, ele precisa treinar uma nova geração de pilotos para uma missão quase impossível. É nessa dinâmica entre o veterano e os novatos que o filme encontra seu coração — especialmente na tensa e comovente relação entre Maverick e Rooster (Miles Teller), filho do falecido Goose, seu antigo parceiro.


A trama é simples, mas eficiente. Em vez de tentar reinventar a roda, Maverick aposta em emoções humanas — culpa, redenção, legado — e em cenas de ação que dispensam CGI exagerado. Boa parte das acrobacias aéreas foi realmente filmada em caças F/A-18, com os atores submetidos a forças G reais. O resultado? Sequências espetaculares que causam frio na barriga e merecem ser vistas na maior tela possível.

A direção de Kosinski é segura, e a fotografia de Claudio Miranda é impressionante, captando tanto o impacto visual dos voos quanto momentos de intimidade entre os personagens. A edição também brilha, garantindo que a narrativa mantenha ritmo sem perder clareza — algo raro em blockbusters recentes. A trilha sonora combina nostalgia (com o retorno de “Danger Zone”) e atualidade, com destaque para “Hold My Hand”, de Lady Gaga, que embala os momentos mais sensíveis da história.


Claro, o filme não escapa de algumas limitações. Os personagens secundários têm pouco tempo de desenvolvimento, servindo mais como peças para impulsionar a jornada de Maverick. E o discurso patriótico — típico do cinema militar americano — pode parecer simplista ou datado para parte do público internacional.

Mas Top Gun: Maverick nunca se propôs a ser uma crítica geopolítica. Ele é, acima de tudo, uma celebração do espírito humano, da camaradagem e do poder da superação. É também uma prova de que Tom Cruise, aos 60 anos, continua sendo um dos últimos grandes astros de ação da velha guarda — disposto a colocar o corpo (literalmente) em risco para entregar entretenimento de verdade.

Com uma bilheteria global superior a US$ 1,5 bilhão e aclamação tanto da crítica quanto do público, Top Gun: Maverick não é apenas um sucesso comercial. É um dos raros blockbusters modernos que consegue ser grandioso sem perder a alma.


Nota: 9/10

Um espetáculo visual e emocional que honra o legado do original e conquista uma nova geração.

 
 
 

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